Desde 1984, quando o Sporting participou na prova francesa, que não havia mais do que um português no Tour. Rui Costa (Caisse d"Epargne) e Sérgio Paulinho (Astana) vão estar sob o olhar atento dos portugueses, mas partem para este desafio com missões distintas.Enquanto o jovem estreante vai integrar uma equipa orfã do seu líder natural, Alejandro Valverde está impedido pelo Comité Olímpico Italiano de correr em território transalpino, Paulinho será o fiel escudeiro de Alberto Contador na caminhada que o espanhol quer concluir de forma vitoriosa.“EQ
UIPA PODE TER MAIS LIBERDADE” –RUI COSTA
No ano em que integra pela primeira vez uma equipa do Pro Tour, Rui Costa já conquistou um lugar de destaque, sendo apresentado por Eusebio Unzue, director geral da Caisse d'Epargne, “uma esperança a nível europeu, que pela sua qualidade representa o futuro imediato da equipa”.
O ciclista português parte para o Mónaco amanhã onde se vai juntar aos companheiros e é no Principado que vai ficar a saber quais os objectivos para si planeados. Estratégias de equipa à parte, Rui Costa quer “ajudar os companheiros e terminar o Tour” , mas sabe que “a ausência do Valverde pode trazer maior liberdade, ainda assim temos ciclistas como o David Arroyo, Oscar Pereiro e Luis Leon Sanchez que podem liderar a equipa”.
Numa fase em que todos se preparam especialmente para o Tour, o jovem português admite que esse não é o seu caso. “Fisicamente estou bem, a equipa traçou um plano de preparação específico para o Tour, mas eu tinha apenas previsto correr algumas clássicas e a Volta a Suiça, onde obtive um bom resultado que acabou por abrir as portas a esta participação”, explica o ciclista da Caisse d' Epargne.
Apesar de o melhor ainda poder estar para vir, a presente época “ultrapassou todas as expectativas. Sabia que não ia ser fácil estar no pelotão internacional, mas quando fiz 2º no contra-relógio durante os 4 dias de Dinquerque apercebi-me que podia conseguir algo especial nessa prova e isso foi um momento importante da temporada”, confirma Rui Costa.
O FIEL COMPANHEIRO
No arranque para a sua segunda participação na mais importante prova do calendário mundial de ciclismo, Sérgio Paulinho parte uma vez mais com a missão de levar Contador à vitória final em Paris.
Paulinho dá assim continuidade a uma tradição do ciclismo português, que teve em José Azevedo o homem de confiança de dois candidatos ao triunfo no Tour, Joseba Beloki (Once) e Lance Armstrong (US Postal/Discovery), ficando na memória a terrível queda do espanhol em 2003 e a ajuda de Azevedo, que abdicou da corrida para ficar com o seu chefe de fila que se encontrava bastante mal tratado, mas também o 5º lugar na geral depois de garantir que Armstrong chegaria de amarelo a Paris em 2004.
O medalha de prata em Atenas vai assim preparar-se para repetir o excelente trabalho de 2007, quando contribuiu para a vitória final de Contador, e andando na frente pode vir a beneficiar em termos de classificação geral.
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